O famoso “Vinagre dos quatro ladrões”

Por volta de 1721, a peste grassava feroz em Marselha, poucas pessoas que ficaram na cidade conseguiram sobreviver. O cheiro terrível dos corpos expostos, não enterrados era ainda outra preocupação, pois não havia quem os retirasse das casas e os levasse para serem enterrados longe dali. As autoridades então decidiram libertar das prisões os condenados que foram obrigados a executaram a dura tarefa. Qual não foi a surpresa, quando quatro ladrões, temidos por praticarem assaltos e crimes nos lugares infectados pela peste, saqueando casas e o comércio, após semanas do mórbido trabalho foram os poucos que sobraram incólumes. Em troca da liberdade foi-lhes exigido que explicassem o segredo da sua imunidade. Alegaram que sabiam preparar uma mistura de alho macerado com vinagre e a usavam antes de iniciarem suas incursões. Enxaguavam a boca, passavam pelo corpo, além de limpar as feridas e desinfetar as mãos que tinham tocado qualquer coisa infectada, dessa maneira, segundo eles, conseguiam executar o trabalho sem se contaminarem. Era comum na época os médicos andarem com um bengala tendo na extremidade da empunhadura um reciepiente embutido, onde se guardava vinagre para ser espargido nas pessoas.

Ainda hoje na Françã ainda é consumido o famoso “Vinagre dos Quatro Ladrões”.

Do livro: “A Assustadora Hiistória da Medicina” do autor Richard Gordon. Editora Ediouro

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